Translate

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

SOBRE A FALTA.

Há quase um ano sem postar nada não é que a insônia bateu em minha porta? Eu não pude resistir tamanha tentação. Este ano que se findou foi um ano de superação e vitória. Mas não é isso que quero postar no dia de hoje. 
 
Na verdade não deixei de escrever, tenho um lugar especial para anotar meus devaneios - só me falta tempo para digita-los - é que mesmo em meio a tecnologia, ainda gosto de rabiscar em agenda. E hoje folheando minha agenda do ano de 2013, me deparei com algumas anotações, e percebi que realmente algumas pessoas que passam pela vida da gente se tornam inesquecíveis e fazem falta.
 
Por isso hoje, quero escrever sobre a falta que algumas pessoas fazem. Embora não se deram conta de quão grande é o espaço que elas deixaram, assim como também acontece com a gente, nunca sabemos a falta que fazemos na vida das pessoas. Essas lacunas não podem ser preenchidas, não podem ser substituídas, é pessoal e intransferível. 
 
Não há nada que se possa fazer para amenizar, alguns dias lembramos menos outros mais, afinal , quem é/foi importante em nossas vidas nunca esquecemos. Por isso transcrevo abaixo, meu singelo jogo de palavras, escritos em uma noite de verão qualquer.
 
Sobre a falta.
 
 
Você me faz falta todas as noites, em algumas mais outras menos. Que falta me faz sentar na calçada de casa para ver o vento passar e jogar conversa pro ar. Que falta me faz seu colo em dias tristes, e nos alegres também. Falta das madrugadas regadas a filmes. Falta do som que você fazia em seu violão, pra eu cantar minhas musicas favoritas.

Falta de rir das suas piadas sem graças, mas eu ria porque achava engraçado você rir. Falta do seus conselhos, puxões de orelha quando eu fazia algo errado. Falta de você vir bater na minha porta de madrugada, só pra contar alguma novidade que por ansiedade não podia ficar para o outro dia. Falta quanta falta!
 
O tempo não volta, já me acostumei com isso e, nem quero que volte. Na verdade, o pior não é falta - porque essa vamos aprendendo a lidar - o pior é esse silencio ensurdecedor que ficou, que por vezes doí e incomoda.
 
Eu penso em te escrever, sei que pensa também; teríamos tantas coisas a dizer um ao outro, mas não é culpa minha ou sua, sabemos que a vida toma rumos diferentes e devemos respeitar. Mas se um dia reencontramos - a vida tem dessas - lhe direi tudo aquilo que um dia, por falta, ficou sem dizer.
 
Sinto sua falta, muita mesmo.