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segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Estávamos em pé debaixo chuva que caía. Se eu ao menos soubesse que seria a última vez que eu lhe veria, eu mudaria tudo. Eu olhei através do vidro quebrado eu vi a tempestade ir através de minha mente. Havia tanto a dizer, e eu sei bem quais as palavras que deixei pra trás.  Agora estou sendo capturada por um sonho em um dia sem lugar pra correr ou esconder; o mundo corre por mim. Eu mudaria tudo, mas agora simplesmente não posso fazer nada. Irei levá-lo para sempre dentro do meu coração e você nunca irá saber. Sempre soube que você levaria uma parte de mim com você, mas eu nunca teria que dizer adeus. De frente a um espelho tudo que vejo é ontem, durante a noite ouço sua voz e ela chama por meu nome. Depois de tudo, a única coisa que você pode fazer é guardar o meu nome, e mesmo assim ele pode ir desaparecendo em algum momento ou numa noite. Eu até queria mudar tudo, mas não posso fazer nada, eu daria tudo mas já não tenho mais nada. Eu nunca diria adeus,porém hoje aquelas noites são apenas memórias e ainda  posso sentir você de pé ao meu lado. Quando eu penso que ouço sua voz, tudo o que ouço é o som que a chuva provoca na janela lateral de meu quarto.

                                                                                                                      20/03/2010

Um comentário:

Victor Stifler disse...

A chuva é a maior calmaria existente no mundo, ela revigora o silêncio e traz aquela vontade de se jogar...

Porém, barulhenta que és no silêncio dentro de nós, as vezes as vozes estão tão presentes que assustamos ao pensar estarem sempre ao nosso lado

seu texto está fantástico, sou suspeito pra falar, mesmo...parabéns parceira, atualizei de novo,quando puder ver...e obrigado pelo comentário!