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quinta-feira, 2 de abril de 2020

Sobre decisões.

             
Estou aqui, pensando nas reviravoltas que a vida dá, e cheguei a conclusão que TODOS sem exceção, em um dado momento da vida já  se questionou sobre os caminhos que percorreu, bem como as dificuldades que enfrentou. Mas será que somos nós mesmos que posicionamos a nossa bussola? Ou a vida se que se encarrega de nos levar ao deserto para reconhecermos a importância de um Oasis?
Penso que neste momento eu poderia estar em qualquer lugar deste mundão de meu Deus escrevendo, ou não? Feliz, ou não? Solitária, ou não? Mas cá estou eu, em uma cidade do interior, deitada em meu colchão escrevendo, descrevendo, tecendo mais um dos meu inúmeros devaneios, bem como esperando ansiosamente por aquela oportunidade que irá mudar completamente minha vida, pra melhor claro. Eu não me recordo de ter escolhido passar por desertos - mas confesso que encontrar um oásis em meio ao deserto deve ser muito prazeroso.  Uma coisa em tudo isso é certa, a vida é um misto de alegria com tristeza, meio trágica, meio cômica e cômica se não fosse trágica.
E assim, vamos dançando essa valsa, fazendo a trajetória que nos foi predestinada. Afinal, somos desbravadores em busca de um futuro do presente. E aos poucos vamos fazendo a trajetória de nossas vidas. Afinal, o que é a vida? Vida, vida, vida...


Iaísa C. Curti
Texto escrito em 10/05/2015.

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

SOBRE A FALTA.

Há quase um ano sem postar nada não é que a insônia bateu em minha porta? Eu não pude resistir tamanha tentação. Este ano que se findou foi um ano de superação e vitória. Mas não é isso que quero postar no dia de hoje. 
 
Na verdade não deixei de escrever, tenho um lugar especial para anotar meus devaneios - só me falta tempo para digita-los - é que mesmo em meio a tecnologia, ainda gosto de rabiscar em agenda. E hoje folheando minha agenda do ano de 2013, me deparei com algumas anotações, e percebi que realmente algumas pessoas que passam pela vida da gente se tornam inesquecíveis e fazem falta.
 
Por isso hoje, quero escrever sobre a falta que algumas pessoas fazem. Embora não se deram conta de quão grande é o espaço que elas deixaram, assim como também acontece com a gente, nunca sabemos a falta que fazemos na vida das pessoas. Essas lacunas não podem ser preenchidas, não podem ser substituídas, é pessoal e intransferível. 
 
Não há nada que se possa fazer para amenizar, alguns dias lembramos menos outros mais, afinal , quem é/foi importante em nossas vidas nunca esquecemos. Por isso transcrevo abaixo, meu singelo jogo de palavras, escritos em uma noite de verão qualquer.
 
Sobre a falta.
 
 
Você me faz falta todas as noites, em algumas mais outras menos. Que falta me faz sentar na calçada de casa para ver o vento passar e jogar conversa pro ar. Que falta me faz seu colo em dias tristes, e nos alegres também. Falta das madrugadas regadas a filmes. Falta do som que você fazia em seu violão, pra eu cantar minhas musicas favoritas.

Falta de rir das suas piadas sem graças, mas eu ria porque achava engraçado você rir. Falta do seus conselhos, puxões de orelha quando eu fazia algo errado. Falta de você vir bater na minha porta de madrugada, só pra contar alguma novidade que por ansiedade não podia ficar para o outro dia. Falta quanta falta!
 
O tempo não volta, já me acostumei com isso e, nem quero que volte. Na verdade, o pior não é falta - porque essa vamos aprendendo a lidar - o pior é esse silencio ensurdecedor que ficou, que por vezes doí e incomoda.
 
Eu penso em te escrever, sei que pensa também; teríamos tantas coisas a dizer um ao outro, mas não é culpa minha ou sua, sabemos que a vida toma rumos diferentes e devemos respeitar. Mas se um dia reencontramos - a vida tem dessas - lhe direi tudo aquilo que um dia, por falta, ficou sem dizer.
 
Sinto sua falta, muita mesmo.

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

SAUDADES ETERNAS Tia Sueli, Tio Eduardo e Vó Teresa.

"A morte, por si só, é uma piada pronta.Morrer é ridículo.Você combinou de jantar com a namorada,está em pleno tratamento dentário, tem planos pra semana que vem,precisa autenticar um documento em cartório, colocar gasolina no
carro e no meio da tarde morre. Como assim?E os e-mails que você ainda não abriu, o livro que ficou pela metade, o telefonema que você prometeu dar à tardinha para um cliente?Não sei de onde tiraram esta ideia:MORRER!!!A troco? Você passou mais de 10 anos da sua vida dentro de um colégio estudando fórmulas químicas que não serviriam pra nada, mas se manteve lá, fez as provas, foi em frente. Praticou muita educação física,quase perdeu o fôlego, mas não desistiu. Passou madrugadas sem dormir para estudar pro vestibular mesmo sem ter certeza do que gostaria de fazer
da vida, cheio de dúvidas quanto à profissão escolhida, mas era hora de decidir, então decidiu, e mais uma vez foi em frente...De uma hora pra outra, tudo isso termina numa colisão na freeway,numa artéria entupida, num disparo feito por um delinquente que gostou do seu tênis.Qual é?Morrer é um chiste.Obriga você a sair no melhor da festa sem se despedir de ninguém,sem ter dançado com a garota mais linda,sem ter tido tempo de ouvir outra vez sua música preferida.Você deixou em casa suas camisas penduradas nos cabides, sua toalha úmida no varal, e penduradas também algumas contas.Os outros vão ser obrigados a arrumar suas tralhas, a mexer nas suas gavetas, a apagar as pistas que você deixou durante uma vida inteira.
Logo você, que sempre dizia: das minhas coisas cuido eu.Que pegadinha macabra: você sai sem tomar café e talvez não almoce, caminha por uma rua e talvez não chegue na próxima esquina,começa a falar e talvez não conclua o que pretende dizer.
Não faz exames médicos, fuma dois maços por dia, bebe de tudo, curte costelas gordas e mulheres magras e morre num sábado de manhã.Isso é para ser levado a sério? Tendo mais de cem anos de idade, vá lá, o sono eterno pode ser bem-vindo. Já não há mesmo muito a fazer, o corpo não acompanha a mente, e a mente também já rateia, sem falar que há quase nada guardado nas gavetas.Ok, hora de descansar em paz.Mas antes de viver tudo? Morrer cedo é uma transgressão,
desfaz a ordem natural das coisas. Morrer é um exagero.E, como se sabe, o exagero é a matéria-prima das piadas. Só que esta não tem graça.Por isso viva tudo que há para viver.Não se apegue as coisas pequenas e inúteis da Vida... Perdoe... Sempre!!!"
Adiar...Adiar...Adiar...será Sempre o melhor dos caminhos. 


(Pedro Bial)

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Renunciar: Deixar de possuir alguma coisa; abdicar. (dicionário)
Renunciar é um ato de coragem. É preciso vencer a ambição de possuir, para se renunciar algo ou alguém. Já quis muito carregar o mundo, nos braços, nas costas e principalmente no coração; a mim, não importava o peso, o tamanho; aceitava o desafio. Por este motivo já tive muita pressa (pressa de crescer), sede e, ideias. Hoje não mais. Tudo isso me deixava/deixa exausta (se ao menos houvesse o tal do "reconhecimento por mérito", valeria a pena). Não me tornei egoísta, nem individualista. É, que eu quero viver um pouco pra mim, por mim,simples assim. Quero renunciar todas essas coisas que me deixam pesada, cansada, fadigada, exausta. Quero de volta pra mim tudo que deixei de sonhar, por sonhar os sonho dos outros. Quero os MEUS SONHOS, MEUS DESEJOS. Cansei de agarrar oportunidades. Eu quero ser a minha oportunidade. Quero errar por mim, e, acertar por mim também. Quero a leveza, a tranquilidade, a paz, o sossego. Quero o conhecimento, o horizonte, o motivo. Quero mais dias, mais meses, mais anos, mais madrugadas e mais 24h só para garantir. Quero arrumar e desarrumar, os armários, a vida, o pensamento. Quero ser uma menina/mulher sapeca. Quero ouvir minhas playlist preferida, 1000 vezes, quero rever as fotos antigas, os amigos e filmes. Quero pintar minhas unhas de vermelho. Quero ter mais preguiça aos domingos. Quero malhar, caminhar, correr, pular, dançar. Quero livros, muitos livros. Quero o sumo das coisas. Quero caminhar com quem demora no tempo. Quero filtrar arrepios. Quero viver de quereres, insaciáveis e emergentes. Quero reciclar minha coragem e não conferir a temperatura da agua. E mergulhar inteira. E descobrir que sei nadar. Não quero destruir nada e ninguém. Só quero sair de fininho pela janela, sem causar alvoroço, nem consequência.






Duas bolas, por favor.

Não há nada que me deixe mais frustrada do que pedir sorvete de sobremesa, contar os minutos até ele chegar e aí ver o garçom colocar na minha frente uma bolinha minúscula do meu sorvete preferido.
Uma só.Quanto mais sofisticado o restaurante, menor a porção da sobremesa.Aí a vontade que dá é de passar numa loja de conveniência, comprar um litro de sorvete bem cremoso e saborear em casa com direito a repetir quantas vezes a gente quiser, sem pensar em calorias, boas maneiras ou moderação.
O sorvete é só um exemplo do que tem sido nosso cotidiano.A vida anda cheia de meias porções, de prazeres meia-boca, de aventuras pela metade.A gente sai pra jantar, mas come pouco.Vai à festa de casamento, mas resiste aos bombons.Conquista a chamada liberdade sexual, mas tem que fingir que é difícil (a imensa maioria das mulheres continua com pavor de ser rotulada de 'fácil').Adora tomar um banho demorado, mas se contém pra não desperdiçar os recursos do planeta.Tem vontade de ficar em casa vendo um dvd, esparramada no sofá, mas se obriga a ir malhar.E por aí vai.Tantos deveres, tanta preocupação em 'acertar', tanto empenho em passar na vida sem pegar recuperação...Aí a vida vai ficando sem tempero, politicamente correta e existencialmente sem-graça, enquanto a gente vai ficando melancolicamente sem tesão...Às vezes dá vontade de fazer tudo “errado”.Deixar de lado a régua, o compasso, a bússola, a balança.Ser ridícula, inadequada, incoerente e não estar nem aí pro que dizem e o que pensam a nosso respeito.Recusar prazeres incompletos e meias porções. Nós, que não aspiramos à santidade e estamos aqui de passagem, podemos (devemos?) desejar várias bolas de sorvete, bombons de muitos sabores, vários beijos bem dados, a água batendo sem pressa no corpo, o coração saciado.Por isso, garçom, por favor, me traga: cinco bolas de sorvete de chocolate.Depois a gente vê como é que faz pra consertar o estrago.

 Danuza Leão.

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Tempo, tempo, tempo...

Corações machucados. Ninguém esta impune. Amamos, sem limites. Sonhamos com casinhas, jardins, e filhos, sim filhos no plural. Esta tudo bem. Agora. Me sinto incrivelmente livre, leve e feliz.
27/03/2010

                                                                             
Organizando a bagunça. Encontrei versos soltos, tal como este, supramencionado. Hoje com olhos mais maduros, tiro algumas conclusões que, se, não fosse o tempo - benévolo neste caso; eu, talvez não teria amadurecido emocionalmente, se, é ,que, posso chamar isso de amadurecimento.
Há tantas coisas importantes nesta vida, que sofrer por amor se torna opcional. SIM, se torna opcional. Gostamos do gostinho da dor - não sei o porque, ou, sei?. É inconsciente. Queremos estar perto, queremos encontrar nos filmes, livros e musicas, algum tipo consolo para dor. Doí, claro que doí. Toda dor, doí. Queremos um ombro "amigo", um colo para chorar; de quem já não pode mais nos oferecer. É como se esperássemos este 'alguém' se aproximar, colocar as mãos em nossos ombros e dizer: Vai passar, acontece com outras pessoas. 
Com o passar dos anos, descobri, ou, aceitei que, primeiramente, não há culpados. É só a vida. Encontros e desencontros.Não há segundas chances, nunca, nada voltará a ser como foi/era antes. Não adianta esperar telefonemas efusivos. Não virão. Passarão dias, meses, e, até anos. Sempre haverá lacunas, marcas, que vão provar que houve algo de errado. Não pode haver segundas, terceiras, quartas, chances para um coração magoado. Não há oportunidades para algo que já se tornou passado. Não dá para ocupar o mesmo espaço. 
Desta maneira, ao invés de, optarmos por sofrer, devemos nos abrir para o mundo. Tantos lugares. Tantas pessoas novas para se conhecer. Outros amores para se entregar. A vida nos chama. Ficar remoendo, 'tremoendo', o que passou, não nos levará adiante. Devemos sim, aceitar, o fato de uma pessoa não querer mais estar no mesmo 'barco' que a gente. Devemos entender que, cada um faz o que pensa ser o melhor. Para tanto, devemos desfazer os laços que nos prende a esta pessoa, por mais significativo que tenha sido, infelizmente, por vontade própria ou imprópria, deixará de ser. Planos se desfazem. Detalhes se perdem. Nó aperta, laços enfeitam. E, como diz o poeta "por mais que a dor sambe em nosso peito de salto agulha", não devemos deixar de lado nosso amor próprio. Amor próprio não é orgulho. E, este é, o mais importante.
De uma coisa devemos estar cientes, o que é meu ou seu, nunca vai embora, por mais que queira. Se for,na hora certa, há de voltar, se não voltar, não era. Acredite, é melhor pensar e agir assim. O tempo irá sempre nos revelar o melhor caminho. Nada é para sempre. Nem as dores. Nem as alegrias. Nem o choro. Nem as magoas. Nem nada. 
A maturidade me permitiu aprender muitas coisas, e, ninguém poderá tomar de mim. Confesso que, vivo cheia de saudades. Saudade de pessoas amigas que passaram depressa demais por mim,e, não tive tempo sequer de abraça-las uma vez mais. Hoje, são como flashes na imensidão da eternidade. Não pense que me tornei uma pessoa fria. Frieza se confunde com maturidade. Tudo na vida é aprendizado. Tudo se supera.







quarta-feira, 3 de abril de 2013

Eu por mim mesma.

Odeio pentear o cabelo. Amo tomar banho no escuro. Ensaio diálogos em frente ao espelho. Prendo a respiração sempre que passo perto de peixaria. Tenho a risada estranha. Prefiro sapatos a roupas. Gosto de filmes sem sentido. Tenho medo de dirigir. Adoro beijo na testa. Choro antes de dormir. Amo escrever. Prefiro segurar uma mão do que um copo. Assusto sempre que pego no sono. Meu pé adormece quando vejo "estrela". Meu lábio treme quando estou nervosa. Releio mensagens antigas antes de dormir.  Me arrependo todos os dias por algo que não fiz. Meu orgulho é maior que meus sentimentos. Sou boa em dar conselhos. Nunca os aplico em minha vida. Sou viciada em abraço. Um homem bem humorado vale mais que 10 bonitos. Um charmoso vale uma parada cardíaca. Sou intensa. Pessoas efusivas me irritam. Morro de saudades da minha infância. Queria ter 20kg a menos. Me sinto a ovelha negra da família. Adoro igrejas. Não suporto injustiça.  Não desisto fácil. Corro atrás. Hoje quero, amanhã não sei. Sou apaixonada por crianças. Brigo com a minha mãe todos os dias. Não passo uma hora sem falar com ela. Sinto falta do meu pai. Acho meu irmão um cara incrível. Gosto de namorar. Sempre espero o pior das pessoas. Adoro ser surpreendida. Sou ótima fisionomista. Crio situações na minha cabeça. Acredito nelas. Acordo de bom humor. Amo dias cinzentos. Perdoo facilmente. Digo que não vou mais fazer. Faço de novo. Tenho medo de altura. Tenho medo do Jornal Nacional. Quero saltar de para quedas. Sou corajosa. Adoro paparicar meus amigos. Odeio bajulação. Tenho mini infartos quando vejo lagartixas brancas. Bebo pra esvaziar a cabeça. Vinho me deixa com a bochecha vermelha. E me deixa solta. Tenho medo de gostar. Minha ansiedade ainda me leva a óbito. Quero conhecer a Italia. Tenho medo de espíritos. Quero uma família igual a do Marley. Amo a liberdade. Adoro boa companhia. Nunca tem musica ou latinhas de refrigerantes com meu nome. Sou unica e exclusiva.Me apego fácil. Cometo sincericídios constantemente. E como cometo. Sofro de odaxelagnia. Odeio ser criticada. Gosto de punhetar assuntos em mesa de bar. Sou espontânea. Me acho desengonçada. Sou desastrada. Faço festa quando chego em casa. Faço tudo com no mínimo carinho.Odeio quarta feira. Gosto de beterraba. Tinha medo da mãozinha da família Addams. Já compus uma música. Pra te ver cantar. E sem saber. Adoro garoa fina. Odeio guarda chuva. Sou sentimental. Sonho com o amor da vida. Amo filmes de romance. Tenho preguiça crônica. Durmo no sofá. Choro nos finais de filmes e novelas. Tenho livros que nunca li. Li os que não pude ter. Não guardo rancor. Já quis ter quatro filhos. E uma casa branca. Tenho medo de chuva. Durmo coberta no calor. Gosto de carinho nas costas, e do entrelaçar dos dedos. Sorrio pro nada. Sou dessas que escreve cartinhas. Choro feito criança. Já quis morar sozinha. Ando cantando na rua. Tenho ataques de riso constantemente. Não suporto hostilidade. Me apego aos detalhes. Ouvia Renato Russo com meu pai quando era pequena. E ele cantava pra eu dormir todas as noites. Tenho muitas pintinhas. Acho marquinha de catapora um charme. Brigo comigo mesma. Canto quando tô com raiva. Nunca quebrei nenhum osso. Já fui pra escola com mão enfaixada. Sinto saudades. E machuca. Tenho cara de brava. Gosto do número treze. Não costumo dizer que amo. Amo em silêncio. Aprecio sorrisos sinceros. E bobos. Amo chocolate. Sinto saudades do meu pai. Queria ter uma irmã. E um Bulldog inglês. Me desfaço em lágrimas. Logo me renovo. Sou forte. Adoro dormir juntinho. Não falo o que sinto. Finjo que não vejo. E que não dói. Tenho cócegas no joelho. Arrepio com beijo no pulso. Sou carinhosa. Odeio gente grudenta. Não telefono. Sonho acordada. Falo demais. Amo fim de tarde na praia. Sou uma eterna criança. me envergonho de algo que fiz. Abraço com vontade. Prefiro amizade com homens. Quero tudo do meu jeito. Mas se não for eu aceito. Faço bico quando tô brava. Gosto que me apertem. E me irritem até eu dar risada. Não suporto baixaria. Falo palavrão. Acho horrível. Gosto de bandas estranhas. Sou alegre. Às vezes sumo. Não sei finalizar conversas. Me pergunto se você vai gostar. Odeio ter que dizer tchau pra quem eu gosto. Adoro furinho no queixo. Sempre olho pro sapato. Gosto de surpresas. E de faze-las. E de agradar. Escrevo quando dói. Quando não dói. Me desfaço de coisas. E de pessoas. Sou complacente. Nunca peço nada a Deus. Sempre o agradeço. Inteligência e afrodisíaco. Simplicidade é tudo. Amor é o bastante

domingo, 27 de janeiro de 2013


A MAIOR TRAGÉDIA DE NOSSAS VIDAS


Morri em Santa Maria hoje. Quem não morreu?
Morri na Rua dos Andradas, 1925. Numa ladeira encrespada de fumaça.
A fumaça nunca foi tão negra no Rio Grande do Sul. Nunca uma nuvem foi tão nefasta.
Nem as tempestades mais mórbidas e elétricas desejam sua companhia. Seguirá sozinha, avulsa, página arrancada de um mapa.
A fumaça corrompeu o céu para sempre. O azul é cinza, anoitecemos em 27 de janeiro de 2013.
As chamas se acalmaram às 5h30, mas a morte nunca mais será controlada.
Morri porque tenho uma filha adolescente que demora a voltar para casa.
Morri porque já entrei em uma boate pensando como sairia dali em caso de incêndio.
Morri porque prefiro ficar perto do palco para ouvir melhor a banda.
Morri porque já confundi a porta de banheiro com a de emergência.
Morri porque jamais o fogo pede desculpas quando passa.
Morri porque já fui de algum jeito todos que morreram.
Morri sufocado de excesso de morte; como acordar de novo?
O prédio não aterrissou da manhã, como um avião desgovernado na pista.
A saída era uma só e o medo vinha de todos os lados.
Os adolescentes não vão acordar na hora do almoço. Não vão se lembrar de nada. Ou entender como se distanciaram de repente do futuro.
Mais de duzentos e cinquenta jovens sem o último beijo da mãe, do pai, dos irmãos.
Os telefones ainda tocam no peito das vítimas estendidas no Ginásio Municipal.
As famílias ainda procuram suas crianças. As crianças universitárias estão eternamente no silencioso.
Ninguém tem coragem de atender e avisar o que aconteceu.
As palavras perderam o sentido.


Fabrício Carpinejar

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

FELIZ ANIVERSARIO MEU AMOR...

Tudo é luz e som.
Como de costume sempre me esqueço deste dia - nada proposital - apenas uma espécie de falta de reminiscência. Você sabe, não sou boa com essas "coisas de datas". Porém, sinta-se feliz, porque hoje eu me lembrei que completamos 2 anos e 7 meses  de muita cumplicidade, amizade, alegrias,  tristezas  (nem tudo é perfect) e muito, mais muito romantismo (risos).
Eu poderia fazer inumeros agradecimentos, dizer o quanto eu amo, mas não; seria clichê em demasia.
Estamos vivendo cada momento lentamente, seguindo sempre em frente. Aos poucos estamos nos tornando melhores. Me lembro da primeira vez que deitamos de conhinha sob uma lua de junho, e nos beijamos lentamente - UAU! - um espetaculo a parte.
De mãos dadas estamos caminhando, estamos falando em rimas, e temos um gosto combinado, e que,seja sempre assim.
Um super mega beijo!
Te amo!

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Alguém tem analgésico de alma?

Palavras ferem mais que um punhal. Sinto dor. Muita dor. Vejo que não me conheces. Não sabes o quanto sofro em silencio, não sabes das minhas cicatrizes. Não tens ideia de tudo o que eu tenho guardado em mim, nem ao menos sabe o quanto tenho tentado não faze-la chorar. Parece não se importar, não aceitar, não querer, não amar... Sabe, me sinto só; agora mais do que nunca. Mais uma vez renegada, recusada, rejeitada. Depois de hoje meus sonhos serão sem estrelas, sem musicas, e, nada mais será incondicional. Continuo vivendo por ti e para ti, assim como vivo por ele e para ele. És parte de mim. Ao contrario, não renego, não recuso, não  rejeito. Amo, amo, amo e amo. Quem sabe um dia possa saber quão frágil e sensível sou, embora me mostro forte, sempre forte.Como disseste a mim '' quem pode mais chora menos'', esteja sempre ciente que eu posso menos, muito menos. Caso haja em você alguma preocupação, não gaste seu precioso tempo '' esta tudo bem, alias, creio que vai ficar tudo bem''.





Dorme agora é só o vento lá fora...